Educação Municipa de Garanhuns reúne professores para Abertura do Ano Letivo 2012 - Palestrante:Educador Içami Tiba - Tema: “Quem Ama, Educa” e Pais e Educadores de Alta Performance”.

As dificuldades enfrentadas pelas famílias e professores na educação de crianças e jovens, o impacto atual das diferentes gerações e o conceito de cidadania familiar foram alguns dos principais temas abordados pelo psiquiatra e escritor Içami Tiba. Segundo ele, os pais não estão criando bem os seus filhos por falta de conhecimento.
“Os filhos vão para escola e querem fazer o que tem vontade” disse o palestrante. E o pior, ressaltou o orador, “Os pais tentam modificar as regras da escola em relação a uma fragilidade de seus filhos. Logo, há uma grande inversão de valores, ou seja, quem deveria se adaptar tenta adaptar o sistema”. A partir do tema Como educar para o futuro?, Içami Tiba propôs reflexões embasadas em sua última obra, Pais e Educadores de alta performance. Citou, ainda, exemplos do cotidiano para demonstrar como os pais de hoje adotam posturas inadequadas devido às próprias experiências familiares inconsistentes. “A falta de preparo e conhecimento dos pais dificulta a educação dos filhos. Há muita superproteção e excesso de liberdade”, enfatiza.
Para o escritor, a família não sabe qual o seu papel no contexto atual. “Os pais querem ser amigos dos filhos. Mas as crianças e jovens dessa geração buscam relações por meio da internet e das redes sociais”, ressalta. Outro ponto destacado pelo palestrante é a formação de valores e competências desde cedo. “No simples ato de pedir para que a criança guarde seus brinquedos, os pais já estão trabalhando o conceito de cidadania familiar. Mas nem isso eles conseguem, transferindo para a escola a responsabilidade de educar os filhos”, explica.
 A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
Para ter uma educação de alto desempenho é preciso que pais e educadores sejam parceiros. Não há como delegar o processo educacional para escola.
“É preciso participar mais da vida dos filhos e, ter a certeza, de que excesso de proteção desprotege. É preciso vigiar. Quem ama, educa!” .