Sempre que possível troque idéias, elas esclarecem, acrescentam, ajudam, evoluem… ainda que você não precise, servirão para o outro.” Ditado Chinês.

terça-feira, 20 de março de 2012

Grupos Áulicos


Nomenclatura utilizada pelo Geempa (Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação) desde os anos 70 e explicada como uma organização de grupos em que entra o desejo dos alunos, com diretividade.
Como funcionam os grupos áulicos?

A forma como os alunos estão dispostos tradicionalmente, em fileiras, também não é válida, pois estes devem aprender uns com os outros, por este motivo, os Grupos Áulicos, que geralmente contém 4 integrantes em cada.  
Formando os grupos:

A proposta é que cada aluno vote em 3 colegas:

1. aquele com quem gostaria de aprender algo;
2. aquele com quem mais se identifica;
3. aquele para o qual acha que pode e/ou gostaria de ensinar algo.

A cada votação recebida o aluno ganha um determinado número de pontos: se foi votado no 1º caso, ganha 3 pontos, no 2º, 2 pontos, e no 3º, 1 ponto.
As crianças mais votadas, ou no caso do voto triplo as que obtiverem mais pontos (tantas conforme o n° de grupos que se quiser formar), são os primeiros componentes de cada grupo (ou os coordenadores), que passam a escolher colegas para fazerem parte do seu grupo. Se houver empate entre essas pessoas mais votadas, desempata-se através de voto aberto.
Cada um desses “escolhedores” fica num lugar da sala, sendo a ordem do convite relacionada ao n° de votos: o mais votado escolhe primeiro, o 2º mais votado, em 2° lugar, e assim por diante. Na segunda rodada de escolhas, pode-se inverter a ordem, começando pelo menos votado. A partir da 2ª rodada as escolhas são realizadas em conjunto, devendo o aluno votado e o 1º escolhido entrarem num acordo sobre o terceiro colega a ser convidado, e assim por diante. O importante é que as crianças discutam entre si e cheguem a um consenso sobre quem querem convidar. O convite deve ser justificado: “Gostaríamos de convidar o fulano, porque.....”.
Do mesmo modo a criança convidada deve dizer se aceita ou não o convite, justificando a sua resposta, em qualquer dos casos. Deve ficar muito claro para a criança que não aceita participar de nenhum dos grupos que ela não poderá ficar sozinha, assim como para os grupos, caso não queiram alguma criança, que nenhuma criança pode ficar sem grupo.
Para os alunos que ficam por último, se pode propor o inverso, que eles escolham o grupo do qual querem fazer parte, grupo este que também tem a possibilidade de aceitar ou não, justificando sua posição. Quando houver alguma situação de impasse em relação a alguma criança, propor que se faça uma experiência, que se lhe dê uma chance, promovendo tratos e combinados, retomando com o pequeno grupo e com o próprio aluno, além de com a turma. 
             

                                                    Escola dos Nomes dos colegas





                                                                       Eleição

                                                                Apuração dos Votos


                                                                  Coordenadores

                                                                   Grupos Áulicos






             
                  Segundo Esther  Grossi, “‘Todo desejo é desejo do outro’ e ‘todo conhecimento é  conhecimento do outro’, na medida em que da solicitação do “olhar” do  outro nasce o desejo, e na medida em que do direcionamento do mundo  cultural que nos cerca é que se encaminha a construção dos  conhecimentos. Portanto, o desejo de aprender é sustentado pelo contexto  em que está o sujeito, e é nesse sentido que a estruturação dos  pequenos grupos pode ser um auxílio à aprendizagem.”                       

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